Tiragem azul meia-noite,

1.000 exemplares numerados,

220 €
O retrato de Dorian Gray
Edição em inglês
Grande formato (25 x 35 cm)

Mais detalhes

O retrato de Dorian Gray, o manuscrito original de Oscar Wilde

“Os livros que o mundo considera imorais são os que mostram a sua própria ignomínia.”

SP Edições apresentam o manuscrito original de O retrato de Dorian Gray. Este documento mostra o texto de Wilde como ele foi inicialmente escrito, em sua primeiríssima versão. O leitor pode, ao mesmo tempo, observar o escritor afiando sua prosa e praticando uma forma de autocensura prévia à publicação – levando em conta, talvez, a intuição de que ultrapassaria algumas linhas vermelhas no mapa dos bons costumes.

titulo escrito à mão

Oscar Wilde e a censura

Oscar Wilde começa a escrever esse primeiro rascunho de 13 capítulos em 1889. Ele será publicado nas páginas da Lippincott’s Magazine, uma revista norte-americana, e revelará não só o talento do autor, mas também o seu contexto: o da Inglaterra puritana e homofóbica do século 19, que Wilde tem consciência de poder chocar com um tal texto. É por isso que ele atenua a ambiguidade da relação entre Basil e Dorian – por exemplo, quando Basil evoca a beleza de seu modelo, “beauty” vira “good looks” (aparência), “passion” vira “feelings” (sentimentos), etc. Certas passagens são inteiramente riscadas, como algumas das confissões emocionadas e amorosas de Basil.

capa do livro Dorian Gray

Em abril de 1890, Wilde termina seu texto e faz com que ele seja redigido à máquina de escrever antes de submetê-lo à Lippincott’s Magazine. James Stoddart, o redator-chefe, aceita-o, mas temendo o seu perfume homoerótico. Ele mesmo começa a censurar O retrato de Dorian Gray, apagando cerca de 500 palavras, inclusive frases inteiras, como o discurso de Basil a respeito de seu retrato: “Havia amor em cada traço, e paixão em cada cor”.

O retrato Dorian Gray de Oscar Wilde - livre ouvert

O manuscrito do escândalo

Apesar das diversas camadas de censura que deram forma a Dorian Gray, o número de julho de 1890 da Lippincott’s suscita a hostilidade dos leitores. As críticas depreciavam o texto, descrevendo-o como “uma ficção tóxica, cuja atmosfera asfixiante e diabólica é abarrotada de cheiros de putrefação moral e espiritual”, escrita para “nobres fora da lei e pequenos telegrafistas pervertidos”. Consequência direta desse escarcéu: a poderosa rede WS Smith recusa-se a vender o número em suas livrarias.

assinatura de Oscar Wilde
 

Apesar dessa recepção escandalosa, ou graças a ela, Wilde começa então a retrabalhar e a desenvolver a história, a fim de publicá-la em forma de livro. Ele modifica a estrutura, imagina outras personagens, adiciona seis capítulos e uma seleção de aforismos para preceder o romance e atenua ainda mais as passagens depreciadas. A magnífica confissão de Basil a Dorian, então, desaparece completamente: “É verdade que o adulei com um fervor infinitamente mais forte que o que o homem experimenta normalmente por um amigo. Jamais amei mulher alguma... Confesso, de bom grado, que o adorei como um louco, sem limites, de modo absurdo.”

Resulta disso um romance de 20 capítulos publicado por Ward, Lock and Company em abril de 1891, versão que conhecemos hoje.

Um prefácio de Merlin Holland (em inglês)

Merlin Holland é um especialista em Oscar Wilde, além de ser o neto do escritor. É também o autor de diversos livros de referência: The Wilde Album (1998), Coffee with Oscar Wilde (2007), A Portrait of Oscar Wilde (2008). É igualmente o editor de The Complete Letters of Oscar Wilde (2000) e de Irish Peacock and Scarlet Marquess: The Real Trial of Oscar Wilde (2003).

Avis Clients

Emily K

I am most impressed with my order. The printing of the manuscript and the book binding quality are second to none. The embossing on the book protector is beautiful. My order arrived in just over a week to Australia - very, very quick! I am so very happy with this investment and I will cherish my book forever. Thank you very much SP Books.

Stella Gow

The product and service are faultless.